O Ministério da Saúde recomenda a ampliação, a partir de segunda-feira (15/5), da vacinação contra a gripe para toda a população brasileira a partir dos seis meses de idade. Até o momento, aproximadamente 21 milhões de pessoas receberam a vacina contra a Influenza, o que representa cerca de 30% do grupo prioritário. Com a ampliação da campanha, o objetivo é expandir a cobertura vacinal contra a gripe antes do inverno, quando as infecções respiratórias tendem a aumentar.
A orientação atende a pedido de estados e municípios, que podem usar as vacinas em estoque e adotar estratégias locais para operacionalizar a imunização, atendendo às realidades de cada região. Mais de 80 milhões de doses da vacina trivalente, produzidas pelo Instituto Butantan, foram distribuídas para todo o país. A meta é vacinar 90% da população.
“Quero conclamar a união de todos pelo nosso Movimento Nacional pela Vacinação, um movimento do Ministério da Saúde, dos estados, dos municípios e de toda a sociedade civil. A ciência voltou e precisamos retomar a confiança da população nas vacinas. Essa é uma missão de todos nós”, ressalta a ministra da Saúde, Nísia Trindade.
A campanha de vacinação avança, mas é necessário que mais pessoas se protejam. A imunização é fundamental, porque reduz a carga da doença, especialmente em pessoas com problemas de saúde e idosos, prevenindo hospitalizações e mortes, além de diminuir a sobrecarga nos serviços de saúde. Até o fim de abril, ao menos 253 mortes em razão da doença foram confirmadas.
Proteção garantida
As vacinas Influenza sazonais têm perfil de segurança excelente e, geralmente, são bem toleradas. Manifestações como dor no local da injeção são comuns e ocorrem em 15 a 20% dos pacientes, sendo benignas e geralmente resolvidas em 48 horas.
A vacina é fabricada com vírus inativados, fragmentados e purificados, ou seja, não é capaz de induzir o desenvolvimento da doença. Além disso, a composição e a concentração de antígenos são atualizadas a cada ano, seguindo orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS). O Ministério da Saúde reforça que o imunizante pode ser administrado simultaneamente com outras vacinas do calendário nacional. (Nathan Victor, do Ministério da Saúde).