O isolamento social durante a pandemia da covid-19 trouxe à tona preocupação com a deficiência de vitamina D e de outros suplementos vitamínicos, destacando a importância do consumo adequado desses nutrientes.
Enquadrados fora da categoria de remédios, os suplementos alimentares e as vitaminas são frequentemente adquiridos sem receita médica. Contudo, esse hábito pode ser perigoso, já que o excesso de vitaminas pode trazer sérios riscos à saúde, como alerta a coordenadora-geral de Alimentação e Nutrição do Ministério da Saúde, Gisele Bortolini.
Orientação da Postal Saúde
Diante da epidemia de dengue e do crescimento de casos de covid nos últimos meses, a Postal Saúde, preocupada com o bem-estar dos seus beneficiários e da população, recomenda sempre buscar orientação médica e nutricional para avaliação de necessidades especiais. Evite a automedicação e previna-se. O melhor remédio é cuidar da saúde, por meio de orientações dos especialistas. (Veja adiante “Atenção Primária da Postal Saúde: Estratégia Saúde & Família”).
Intoxicações mais comuns
Segundo Helio Vannucchi, professor titular sênior da Divisão de Nutrologia do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, a intoxicação vitamínica acontece mais facilmente com as vitaminas lipossolúveis, A, D, E e K, que se dissolvem em gorduras, sendo seus excessos de difícil eliminação pelo organismo. Já as hipervitaminoses mais graves são causadas pelas vitaminas A, D, E e C.
Assim, como cada nutriente tem funções distintas, o excesso de cada um provoca consequências diferentes.
Principais sintomas
Os sintomas mais comuns da intoxicação por vitaminas e suplementos são desconforto intestinal, vômitos e fadiga. Pesquisas revelam que a vitamina D, responsável por melhorar o sistema imunológico, quando ingerida em excesso pode causar aumento exagerado de íons de cálcio que, depositados nas artérias e em órgãos como o rim, causam lesões permanentes. O indivíduo intoxicado por esse nutriente em excesso pode apresentar sintomas como náuseas, vômitos e aumento da pressão arterial.
Embora a exposição ao sol represente de 80% a 90% da vitamina D adquirida, 10 a 20% da recomendação diária deve ser suprida pelos alimentos. Segundo o especialista, é recomendado o consumo de 600 unidades internacionais diárias do nutriente, através de fontes alimentares, e 800 unidades para idosos e gestantes.
Enquanto megadoses de vitamina E podem levar a fenômenos hemorrágicos e ao aumento da mortalidade no longo prazo, a vitamina K está ligada à coagulação sanguínea.
Já a vitamina A, conhecida por beneficiar a visão, pode causar problemas neurológicos semelhantes à meningite e cefaleia intensa, quando administrada em excesso, além de oferecer risco teratogênico (malformação do feto) para gestantes.
Por sua vez, a vitamina C em excesso pode causar diarreia e, cronicamente, causar cálculos urinários.
Ingerir suplementos de zinco e cálcio sem necessidade pode levar a desconfortos gastrointestinais.
O excesso de vitaminas do complexo B também pode levar a formigamento e coceiras na pele, além do aumento da pressão arterial.
Alerta
Nesse sentido, o professor lança um alerta à população: a suplementação vitamínica deve ser realizada apenas diante do diagnóstico clínico de deficiência, necessitando confirmação de “dosagens em laboratório”.
É que cada nutriente deve ser absorvido pelo organismo em uma quantidade específica; quando um “limite superior” é ultrapassado, a continuidade de ingestão em maiores doses pode provocar a hipervitaminose”, alerta o professor.
O que fazer em caso de intoxicação por vitamina (hipervitaminose)
O procedimento para lidar com a intoxicação de vitaminas difere entre cada grupo de nutrientes. No caso dos hidrossolúveis (que se dissolvem em água), vitaminas B1, B2, B3, B6, B9, B12, o ácido pantotênico e a vitamina C, basta interromper a administração dos nutrientes, sem grandes problemas, pois seu excesso é excretado pelos rins e pela urina.
Já no caso dos lipossolúveis (que não se dissolvem em água), além de suspender a ingestão das vitaminas, é preciso saber que pode demorar semanas ou meses para retornar à normalidade e, enquanto isso, nada pode ser feito. Nos dois casos, é importante buscar orientação médica.
Guia para uma alimentação saudável
O Ministério da Saúde recomenda o Guia Alimentar para a população brasileira como referência para uma alimentação saudável, com os níveis de vitamina e minerais adequados para as necessidades do corpo.
Atenção Primária da Postal Saúde: Estratégia Saúde & Família
E se você precisar, lembre-se de que a sua Operadora oferece o serviço de Atenção Primária à Saúde (APS), mais conhecido por Estratégia Saúde & Família, disponível em vários estados brasileiros.
Você será acompanhado por uma equipe multidisciplinar e terá um plano de cuidado personalizado para atender às suas necessidades de saúde.
Uma das vantagens para o beneficiário de participar da APS é que os serviços realizados no âmbito da Estratégia Saúde & Família são isentos de coparticipação.
Segundo a Organização Panamericana de Saúde (OPAS), a Atenção Primária à Saúde pode resolver de 80% a 90% das necessidades de saúde de um indivíduo ao longo da vida.
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Fontes:
Ministério da Saúde
Jornal da USP
Foto: Banco de imagens Depositphotos