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Notícias sobre a Covid-19: não caia em fake news

Dando continuidade ao projeto de conscientização do público em relação às notícias sobre a pandemia, o Comitê Estratégico de Comunicação […]

2 de junho de 2020 - Atualizado em 25 de fevereiro de 2021

Dando continuidade ao projeto de conscientização do público em relação às notícias sobre a pandemia, o Comitê Estratégico de Comunicação (COMEC) destacou mais uma série de notícias falsas que têm se espalhado nas redes sociais pelo Brasil.

O objetivo desta ação é fazer, com base em dados científicos e números oficiais, com que os cuidados continuem sendo tomados e não haja um relaxamento por parte da população.


(Imagem: Lupa)

Uma publicação que tem circulado nas redes sociais mente ao citar um estudo espanhol comprovaria a ineficácia do isolamento no combate ao novo coronavírus. O conteúdo diz que trabalhadores ativos têm mostrado menor incidência de contágio.

Apesar de o estudo existir, não faz parte da análise avaliar a eficácia do isolamento social. Não nenhum dado relacionado a isso e nenhuma conclusão sobre o tema no primeiro relatório, divulgado em 13 de maio.

A pesquisa também não especifica percentuais de comparação de contágio entre trabalhadores que exercem suas atividades em casa e aqueles que saem todos os dias.

Para a investigação completa e dados adicionais, acesse: Agência Lupa


(Imagem: Aos Fatos)

Não é verdade que uma pesquisa aponta a hidroxicloroquina como o tratamento mais eficaz para a Covid-19, como afirmou a Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República). O conteúdo enganoso foi publicado no Twitter e apagado depois de críticas, mas prints podem manter a circulação da mensagem.

A pesquisa citada, na verdade, é apenas uma enquete realizada pelo fórum online Sermo, sem qualquer validade estatística. Mesmo que tivesse algum tipo de representatividade de médicos, uma enquete desse tipo não é utilizada para atestar eficácia de drogas em tratamentos médicos porque, entre outras questões, não envolve testes clínicos.

Além disso, os dados utilizados na publicação estavam desatualizados. O percentual de médicos que participaram do levantamento e achavam que a hidroxicloroquina seria um tratamento “muito eficiente” era de 37% no dia 2 de abril. Em maio, nos dados mais recentes, esse número caiu para 23%.

Quanto ao uso da cloroquina no tratamento da Covid-19, os dois maiores e mais recentes estudos sobre hidroxicloroquina, feitos com mais de mil pacientes cada e publicados em periódicos importantes, não encontraram evidências de que a medicação ajude no tratamento de Covid-19. Os estudos foram publicados no The New England Journal of Medicine, em 7 de maio, e no Jama, em 11 de maio. Outros estudos randomizados estão sendo realizados pelo mundo e apontando nessa mesma direção, como esse – clique aqui – do The British Medical Journal.

Uma pesquisa francesa que serviu para aumentar o apoio ao uso da hidroxicloroquina, porém, passou por diversos problemas metodológicos e foi criticada inclusive pelo periódico que a publicou, o International Journal of Antimicrobial Agents (IJAA).

A desinformação gerada pelas enquetes da Sermo não são exclusividade do Brasil, sendo verificadas também no Reino Unido.

Para conferir a investigação completa, acesse: Aos Fatos | Full Fact (Reino Unido)


(Imagem: Aos Fatos)

Outra publicação engana ao comparar os casos de mortes por Covid-19 nos estados de Minas Gerais e São Paulo. Apesar de SP liderar os rankings de registros oficiais, a mensagem ignora dados importantes a fim de distorcer as interpretações desses números.

A principal estatística ignorada é o nível de testagem nos dois estados: São Paulo tem uma média de 149 exames por 100 mil habitantes, o dobro de Minas Gerais, que realiza 78 testes por 100 mil habitantes.

Também não foi considerado o fato de as medidas de isolamento social não serem absolutas. Apesar de MG ter relaxado as recomendações, prefeituras de regiões populosas mantiveram restrições, esbarrando, porém, na subnotificação.

Já em SP, apesar das medidas restritivas, o nível de segurança não foi alcançado devido à grande densidade demográfica e o grande fluxo de pessoas de outras cidades e estados.

Para conferir a publicação completa e outros dados ignorados pela publicação enganosa, acesse: Aos Fatos


(Imagem: Lupa)

A informação que o estado de São Paulo recebe 16 mil reais para cada registro de morte por Covid-19 também é falsa. A afirmação foi desmentida pelo próprio Ministério da Saúde, que informou não haver repasse de verbas para nenhum estado com base na quantidade de vítimas do novo coronavírus.

A informação falsa divulgada nesse vídeo é “requentada” de outra fake news veiculada uma semana antes, na qual o Ministério da Saúde era acusado de fornecer 12 mil reais para os hospitais de campanha para cada registro de morte por Covid-19.

Também é mentira o trecho em que o narrador do vídeo cita o Diário Oficial da União e uma suposta recomendação de que todos os cadáveres devem ser considerados um potencial portador do vírus para aumentar o número de casos.

A recomendação de considerar qualquer cadáver como um potencial portador do novo coronavírus existe e é uma resolução da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, com o objetivo de analisar os corpos em que não há sinais de violência e testá-los, para que não acabem contaminando os profissionais de saúde responsáveis pelo manejo.

Para conferir a investigação completa do caso, acesse: Agência Lupa | G1 – Fato ou Fake | Boatos.org


(Imagem: G1)

É falso que um homem foi enterrado vivo e dado como morto por Covid-19 para inflar as estatísticas na Bahia. Vídeo que circula acompanhando a mensagem enganosa foi feito em 2019 e é de um homem que invadiu o túmulo do próprio pai, no Acre, e acabou ficando preso.

A mensagem, em 2020, mente ao dizer que o caso aconteceu em Feira de Santana-BA e que ele foi vítima de um erro médico causado pela pressa de atribuir a morte ao novo coronavírus.

O mesmo vídeo já havia circulado em 2019 em outra fake news, dizendo que ele havia ficado 26 dias sob a terra e foi salvo por alguém que o ouviu gemendo.

Ou seja, além de falso, o conteúdo novo se baseou em outra notícia falsa para se espalhar em grupos de redes sociais.

O conteúdo completo da investigação pode ser conferido em: G1 – Fato ou Fake | Aos Fatos | Boatos.org


O conteúdo que o Comitê Estratégico de Comunicação (COMEC) passou a publicar periodicamente é baseado em estudos de instituições de ensino reconhecidas internacionalmente, agências checagem de fatos (registradas pelo International Fact-Checking Network) e veículos tradicionais de imprensa que apresentem as fontes das informações transmitidas.

Além dos valores da Postal Saúde (qualidade de serviços; compromisso e respeito com os Beneficiários; ética e transparência nos negócios e responsabilidade pelos resultados), também existem os princípios jornalísticos e o compromisso com a verdade, valorizando as fontes oficiais e orientando a população da melhor forma para o exercício da sua cidadania.