Você já ouviu falar em alergia emocional? A alergia é uma resposta exagerada do sistema imunológico à entrada de substâncias alérgenas no organismo, seja pelas vias respiratórias e cutâneas ou por ingestão. Mas, além das substâncias externas, estímulos emocionais intensos também podem atuar como gatilhos para manifestações físicas.

Normalmente a reação é observada na pele, com coceira e vermelhidão. Isso ocorre, pois as terminações nervosas da derme são sensíveis às condições psicológicas e podem ser diretamente afetadas em episódios de pico de estresse e ansiedade, por exemplo.

É importante complementar que alergia emocional não é um termo que existe na medicina. Geralmente, o que tende a ocorrer é o agravamento de situações cutâneas existentes em decorrência do estresse, como lesões e alergias.

O que causa a alergia emocional?

As causas desse tipo de lesão não são bem definidas. Quando uma pessoa está sob estresse extremo, o corpo libera hormônios do estresse, como o cortisol, que podem afetar o sistema imunológico e desencadear respostas inflamatórias no corpo — causando sintomas como vermelhidão e coceira na pele, segundo Rosângela Casseano, psicóloga e terapeuta cognitivo comportamental, CEO da PsicoPass.

“Existem várias maneiras pelas quais o estresse pode levar a esses sintomas, especialmente de ordem química e orgânica. No entanto, o estresse emocional também pode levar a comportamentos prejudiciais à pele, como coçar ou cutucar excessivamente, o que pode causar danos à barreira protetora da pele e levar à vermelhidão e à coceira”, explica a especialista.

É importante apontar que nem todas as pessoas podem apresentar sintomas físicos em esposta ao estresse. A gravidade dos sintomas também pode variar de pessoa para pessoa.

Como identificar a alergia emocional?

Ao primeiro sinal de reações na pele, é importante procurar atendimento médico — especialmente quando o uso de antialérgicos não apresenta resultados. Com uma boa conversa com o especialista, é possível identificar fatores emocionais por trás das lesões, como perda de um ente querido, separação e outros traumas.

Nesses casos, o acompanhamento psicológico e/ou psiquiátrico é essencial para ajudar a compreender emoções intensas e lidar com o estresse, ansiedade e outros sintomas associados a traumas. “Os fatores emocionais, como o estresse e a ansiedade, podem ter um impacto significativo na saúde física de uma pessoa. O estresse crônico pode levar a uma série de problemas de saúde, incluindo enfraquecimento do sistema imunológico, aumento da inflamação no corpo, distúrbios do sono, aumento da pressão arterial e problemas digestivos”, aponta Rosângela. O acompanhamento também ajuda a prevenir o surgimento de reações na pele, que, precisamos lembrar, não são contagiosas!

Como amenizar o estresse no dia a dia?

Além de afetar diretamente a saúde física, Rosângela explica que o estresse prolongado pode agir negativamente no estilo de vida de uma pessoa, levando a escolhas alimentares menos saudáveis, à falta de exercícios físicos e ao consumo excessivo de álcool ou tabaco, o que pode ter um impacto negativo adicional na saúde do corpo.

Pode parecer difícil viver uma vida livre de estresse com tantas obrigações e compromissos, mas algumas mudanças de hábitos podem ajudar a amenizar o esgotamento físico e emocional e a enfrentar os desafios da rotina com mais tranquilidade e bem-estar, como:

– Adote técnicas de relaxamento, como meditação e yoga

– Pratique atividades físicas regularmente, como natação, dança e pilates

– Adote uma alimentação saudável

-Respire fundo! Procure um local silencioso, feche os olhos e inspire e expire profundamente

– Mentalize positivo

– Não abra mão de uma boa noite de sono


Fonte: Site Minha Vida

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