Foto: Equipe de enfermeiras da Postal Saúde. Da esq. para a dir.: Mariana Borges, Romilce Frois, Rejane Corrêa, Natália Paiva, Nilva Nascimento, Jéssica Cavalcante, Giordana de Moura 

    

Para marcar o Dia Internacional da Enfermagem, celebrado em 12 de maio, a Postal Saúde preparou uma matéria especial abordando o perfil, as experiências e os pontos de vista de duas jovens enfermeiras sobre o exercício da profissão: Giordana Régia Tavares de Moura e Natália de Almeida Paiva.  

Lotadas na Sede, em Brasília, elas representam os profissionais da área que contribuem para o dia a dia da Operadora, bem como para a promoção da saúde, do bem-estar e da qualidade de vida dos beneficiários em todo o Brasil.    

 

 Uma classe comprometida em cuidar do outro em todas as fases da vida. É assim que a enfermeira da Postal Saúde, Giordana Régia Tavares de Moura, 29 anos, resume a principal missão dos profissionais de enfermagem.

Sobre as características indispensáveis ao exercício da profissão, ela responde: “Gostar do que faz, entender a complexidade do cuidado em todas as suas fases, ter ética, investir no conhecimento e se comprometer com o que faz”. Na prática, afirma, esse engajamento vai refletir diretamente na saúde e na qualidade de vida do indivíduo que está sendo cuidado.

Com especialização em Auditoria dos Serviços e Contas Hospitalares, foi na Universidade Estadual de Goiás que, há oito anos, ela viria a concretizar um sonho de infância: ser enfermeira.

“Cresci na expectativa de me tornar uma enfermeira. Quando criança, me encantei por uma pessoa da família com habilidades notáveis na profissão, além de muita atenção e carinho no olhar”, conta Giordana.

Giordana de Moura atuou em hospital de campanha durante a pandemia: “experiência desafiante”

Admitida na Postal Saúde há um ano e três meses, e lotada como enfermeira auditora na Gerência de Atenção à Saude (GEASA), ela conta por que essa nova experiência lhe traz muitos aprendizados. “Posso acompanhar de perto a desafiadora tarefa de gestão de uma carteira voltada para estratégias de prevenção de agravos, além da gestão de qualidade do serviço prestado e de controle dos custos”, pontua.

Atuação no mercado

Além de produzir artigos acadêmicos, publicados em veículos especializados, a jovem enfermeira já trabalhou no Hospital Santa Lúcia, localizado na Asa Sul, em Brasília, e na Unidade de Atenção Primária do CNPQ (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).

“No Santa Lúcia, onde permaneci por cinco anos, atuei nos setores de Internação (Clínica e Cardiológica) e no Núcleo de Qualidade e Segurança do Paciente e Supervisão de Enfermagem Assistencial’.

Trabalho durante a pandemia

Giordana conta que a pandemia da covid-19 foi a experiência mais marcante  em seus oito anos de profissão. Ela atuou no processo de implantação do 1º Hospital de Campanha do Distrito Federal, no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, como Supervisora Assistencial dos 173 leitos de internação. “Foi muito desafiante”, relembra.

Desafios da profissão

Quanto aos desafios da enfermagem, ela avalia que o principal deles é manter a qualidade da assistência prestada. “É preciso garantir o cuidado e a segurança do paciente e de sua família, utilizando-se de todos os recursos disponíveis, como o uso adequado das tecnologias”, opina.

Para Giordana, a enfermagem evoluiu muito e está cada vez mais baseada na ciência e em evidências. “Nesse processo, o ser humano é o pivô principal: de um lado a pessoa que cuida; do outro, o que é cuidado”, sublinha.

Natália Paiva: “os enfermeiros cuidam das pessoas do nascimento ao último suspiro”

Atributos 

Para Natália de Almeida Paiva, que também é enfermeira auditora na Postal Saúde, “o profissional de enfermagem precisa ter empatia, sede de conhecimento e disposição para aprender novas técnicas de cuidado, além de um bom controle emocional”, frisa.

Aos 28 anos e seis de profissão, ela também acumula variada experiência na área. Na Postal Saúde, onde trabalha desde junho de 2021, Natália é lotada na Gerência de Faturamento de Contas (GEFAC). “Sou responsável pela gestão de internação hospitalar, em parceria com as colegas Romilce Frois e Jessika Cavalcante, também enfermeiras-auditoras”, explica.

Cuidado que humaniza  

Antes, Natália trabalhou na Rede D’Or e no Hospital Sírio Libanês, em Brasília. “Foram experiências que me fizeram crescer e conhecer a enfermagem desde o início e da forma mais singela”, afirma. Casada e com um filho de três anos, ela relata que desde criança alimentava o sonho de ser enfermeira. Adorava ver os profissionais de saúde usando luvas e manipulando seringas.

“O que mais eu gosto na minha profissão é a possibilidade de cuidar das pessoas, como faz o profissional de enfermagem, desde o nascimento até o último suspiro”, afirma.

Partos e nascimentos

Como na área de saúde o profissional se depara o tempo todo com experiências de vida e morte,  ela conta que trabalhar no Bloco Cirúrgico foi uma de suas experiências mais marcantes. “Tive a oportunidade de participar do nascimento de diversos bebês no centro obstétrico, conhecendo histórias de casais que tanto sonharam com aquele momento”, contenta-se.

O “outro lado”

Para Natália, trabalhar na Postal Saúde lhe proporciona “ter a visão do ‘outro lado’ e uma melhor compreensão dos desafios de um plano de saúde”.

“Do lado de lá, a gente achava que os planos só precisavam pagar a conta. Do lado de cá, a gente pode compreender a assistência à saúde de forma completa, considerando que precisamos proporcionar os diversos tipos de cuidado, como o atendimento ambulatorial, a internação, o serviço domiciliar (home care), entre outros”.

Combatendo preconceitos

Ela lembra que a valorização do profissional é um tema recorrente. “Um dos principais desafios é o preconceito que enfrentamos no dia a dia, principalmente por outros profissionais da equipe multidisciplinar, como médicos, enfermeiros e fisioterapeutas. Muitas vezes eles não nos respeitam e nos desmerecem, inferiorizando nossa profissão”, lamenta Natália.  “A enfermagem pede respeito e valorização”, clama.

Avanços

Natália cita o Projeto de Lei 256/020, que institui o piso salarial da categoria, com o um avanço importante desde a regulamentação do exercício de enfermagem, instituída pela Lei nº 7.498/1986.

Para as duas enfermeiras entrevistadas nesta matéria, a profissão deve muito à italaina Florence Nightingale, fundadora da enfermagem moderna. Ela ganhou destaque ao servir como chefe e treinadora de enfermeiras, durante a Guerra da Crimeia.

“Florence nos deixou um legado de teorias estruturadas para os processos da enfermagem”, destaca Giordana. “Durante minha experiência no hospital de campanha, eu me lembrei da atuação corajosa dessa pioneira na assistência aos soldados feridos na guerra”, conclui.


Reportagem: Arlinda Carvalho
Fotos: Filipe Rodrigues