A especialista em endocrinologia e metabolismo, Andressa Heimbecher, afirmou que o aumento no número de jovens obesos pode ser explicado pela pandemia. Segundo dados do Inquérito Telefônico de Fatores de Risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis em Tempos de Pandemia (Covitel), uma pesquisa realizada pela Universidade Federal de Pelotas e pela organização global de saúde pública Vital Strategies, a obesidade entre jovens de 18 a 24 anos cresceu 90% em apenas um ano no Brasil. Em 2022, 9% das pessoas nessa faixa etária tinham um Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou superior a 30, que é considerado obesidade. Esse número saltou para 17% atualmente.
Durante uma entrevista ao VivaBem Hoje, do Uol, Andressa Heimbecher ressaltou que já era esperado esse aumento devido aos efeitos emocionais causados pela pandemia de COVID-19. Ela explicou que o comer emocional, relacionado ao estresse e ansiedade durante o período de isolamento social, contribuiu para o ganho de peso. Agora, os especialistas começam a observar as consequências desse período na população.
Os médicos estão especialmente preocupados com o aumento do peso entre crianças e adolescentes, devido ao risco de desenvolvimento de diabetes tipo 2 e outras doenças, como problemas cardíacos e câncer. Atualmente, o conceito de peso ideal não é mais enfatizado, e sim o de obesidade controlada. Andressa Heimbecher explica que seu objetivo é trabalhar com um peso que deixe o paciente feliz, ao mesmo tempo em que reduza os riscos para a saúde. Nesse sentido, são avaliados diversos aspectos, como marcadores de câncer e a espessura da carótida.
Fonte: VivaBem Hoje
