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Notícias sobre a Covid-19: não caia em fake news

Dando continuidade ao projeto de conscientização do público em relação às notícias sobre a pandemia, o Comitê Estratégico de Comunicação […]

9 de julho de 2020 - Atualizado em 25 de fevereiro de 2021

Dando continuidade ao projeto de conscientização do público em relação às notícias sobre a pandemia, o Comitê Estratégico de Comunicação (COMEC) destacou mais uma série de notícias falsas que têm se espalhado nas redes sociais pelo Brasil.

O objetivo desta ação é fazer, com base em dados científicos e números oficiais, com que os cuidados continuem sendo tomados e não haja um relaxamento por parte da população.


Um texto mente e distorce informações ao falar sobre automedicação no combate à Covid-19. O conteúdo tem sido compartilhado fala no uso de ivermectina, cloroquina, azitromicina, zinco e vitaminas C e D.

Além de não haver comprovação da eficácia de nenhuma dessas substâncias contra o novo coronavírus, o uso sem prescrição médica pode causar ainda mais problemas à saúde.

Quanto à ivermectina, sequer foram realizados testes em seres humanos, apenas em células in vitro. Hoje, o medicamento é indicado apenas para tratar verminoses e piolhos.

As vitaminas C e D podem ter efeito positivo para a imunidade das pessoas, mas isso, por si só, não representa uma garantia de cura ou prevenção à doença. Já os estudos que descartaram o potencial da cloroquina não foram feitos apenas com pacientes em estado avançado. Na verdade, foram feitos em diferentes estágios e em todo o mundo.

Por fim, a azitromicina tem sido usada para tratar pacientes com Covid-19 que também apresentam quadro de infecção bacteriana. De acordo com estudos que avaliaram o potencial da droga, não houve diferença significativa no risco de morte. O Ministério da Saúde autorizou a prescrição dessa combinação, mas deixou clara a falta de evidências sobre a eficácia.

Para mais detalhes sobre a investigação e informações detalhadas sobre cada substância citada, acesse: Aos Fatos.

Ainda sobre a ivermectina, conforme já citamos diversas vezes por aqui, não há nenhum estudo que relacione a queda na infecção pelo novo coronavírus ao uso da medicação. Uma peça também enganosa tem feito a ligação entre o remédio e uma suposta redução de casos na cidade de Natal-RN, mas não há qualquer embasamento científico.

Na própria reportagem veiculada pelo site Terra Brasil Notícias, o médico que atribui à ivermectina a queda na procura de leitos de UTI na cidade também menciona o fato de isso não ser um dado científico e não ter como comprovar essa correlação.

Outros detalhes sobre essa investigação estão disponíveis em: Agência Lupa.

Imagem: Aos Fatos


Mais uma das várias notícias falsas envolvendo o uso de máscaras de proteção ganhou destaque nos últimos dias. A publicação mente ao dizer que a Organização Mundial da Saúde (OMS) passou a considerar desnecessário o uso do equipamento em pessoas saudáveis.

Como já é de conhecimento geral, as máscaras de uso individual estão entre as principais ferramentas de prevenção contra o novo coronavírus. Um documento da OMS atualiza uma orientação publicada pela própria instituição em abril deste ano, no qual dizia que o uso de máscaras cirúrgicas era recomendável para pessoas que apresentavam sintomas e aquelas que estavam cuidando de um paciente com Covid-19, além dos profissionais de saúde. Na ocasião, a OMS chegou a dizer que não havia evidência de que o uso de uma máscara por pessoas saudáveis poderia prevenir a Covid-19. O documento foi atualizado em junho, segundo a OMS, para incorporar as descobertas mais recentes de pesquisas científicas.

A OMS alerta ainda, no documento atual, que o uso somente de máscaras, sem outras ações, não é suficiente para fornecer um nível adequado de proteção contra a Covid-19. O uso de proteção deve estar combinado a outras medidas de distanciamento social e higiene.

Para ver o material completo da investigação, acesse: Agência Lupa.

Imagem: Agência Lupa


O conteúdo que o Comitê Estratégico de Comunicação (COMEC) passou a publicar periodicamente é baseado em estudos de instituições de ensino reconhecidas internacionalmente, agências checagem de fatos (registradas pelo International Fact-Checking Network) e veículos tradicionais de imprensa que apresentem as fontes das informações transmitidas.

Além dos valores da Postal Saúde (qualidade de serviços; compromisso e respeito com os Beneficiários; ética e transparência nos negócios e responsabilidade pelos resultados), também existem os princípios jornalísticos e o compromisso com a verdade, valorizando as fontes oficiais e orientando a população da melhor forma para o exercício da sua cidadania.