Notícias sobre a Covid-19: não caia em fake news

 

Dando continuidade ao projeto de conscientização do público em relação às notícias sobre a pandemia, o Comitê Estratégico de Comunicação (COMEC) destacou mais uma série de notícias falsas que têm se espalhado nas redes sociais pelo Brasil.

O objetivo desta ação é fazer, com base em dados científicos e números oficiais, com que os cuidados continuem sendo tomados e não haja um relaxamento por parte da população.


A cada semana, a quantidade de fake news sobre o uso da hidroxicloroquina e cloroquina aumenta. Desta vez, o cartunista Ziraldo foi alvo de uma dessas publicações mentirosas, defendendo o uso da medicação e criticando quem é contra a substância. O post compartilhado em redes sociais atribuía ao artista uma frase que ele jamais disse.

A produtora do cartunista desmentiu a informação e publicou uma sátira na página de Ziraldo no Instagram, explicando que ele sabe que a medicação não é um tratamento com eficácia comprovada.

Para acessar a investigação sobre as alegações utilizando o nome de Ziraldo, acesse: G1- Fato ou Fake

 

Outra peça engana ao dizer que um estudo realizado pelo Sistema de Saúde Henry Ford, nos Estados Unidos, provou a eficácia da hidroxicloroquina contra a Covid-19.

O estudo citado não utiliza parâmetros científicos suficientes para comprovar a eficácia de qualquer medicamento. Ao contrário do que diz a publicação, a pesquisa não foi randômica (escolha aleatória dos participantes) e não foi realizada a técnica do duplo-cego (nem médicos, nem pacientes sabem qual grupo tomou o medicamento e qual grupo tomou o placebo).

Além disso, pesquisas recentes que respeitam o método científico apontaram justamente o contrário: a hidroxicloroquina não é eficaz contra a Covid-19.

Para mais informações sobre como o estudo é facilmente desmentido por não seguir os padrões de pesquisas científicas, acesse: Agência Lupa

 


Outro assunto recorrente em fake news abordadas por aqui é a eficácia das máscaras para ajudar a diminuir o contágio pelo novo coronavírus. Desta vez, uma publicação enganosa ironiza o uso de máscaras de tecido ao mostrar dois cientistas em um laboratório, utilizando trajes especiais.

O equipamento, na verdade, é chamado de Traje de Proteção de Pressão Positiva. O uso é necessário para se trabalhar com segurança em ambientes onde o nível de biossegurança é 4, numa escala de risco biológico que vai de 1 a 4. O Sars-coV-2 requer um nível de biossegurança 2 no manuseio de amostras para testes clínicos e diagnósticos, e nível 3 para contextos de pesquisa e ambientes onde sua manipulação gere uma alta quantidade de aerossóis.

Não faz sentido comparar a quantidade de vírus que os cientistas manipulam em ambientes laboratoriais com aquela possivelmente expelida por pessoas infectadas nas ruas.

“Em ambientes que exigem nível de biossegurança ocorre a manipulação não só de grandes quantidades de vírus, mas também múltiplas vezes, seja analisando amostras ou para fazer experimentos. Nesses casos, é fundamental medidas de proteção que sejam eficientes. Além da manipulação do vírus, pode ocorrer também a manipulação de substâncias químicas tóxicas e o ambiente de análise requer fluxo de ar constante. Pessoas que permanecem nesses locais precisam de proteção para o corpo todo, além do uso de máscara”, explica o virologista Rômulo Neris.

Já as máscaras de uso individual, como já mencionamos aqui diversas vezes, são reconhecidas internacionalmente como eficazes no combate ao novo coronavírus. Um estudo da Universidade de Oxford, inclusive, aponta para uma possível ligação entre o uso de máscaras associado ao distanciamento social e a redução na gravidade dos quadros de Covid-19.

Para mais informações sobre a investigação do conteúdo mentiroso que ironiza o uso das máscaras, acesse: G1 – Fato ou Fake

Sobre o estudo recente que traz resultados animadores sobre o uso de máscara e a prática do distanciamento social, acesse: Estado de Minas


O conteúdo que o Comitê Estratégico de Comunicação (COMEC) passou a publicar periodicamente é baseado em estudos de instituições de ensino reconhecidas internacionalmente, agências checagem de fatos (registradas pelo International Fact-Checking Network) e veículos tradicionais de imprensa que apresentem as fontes das informações transmitidas.

Além dos valores da Postal Saúde (qualidade de serviços; compromisso e respeito com os Beneficiários; ética e transparência nos negócios e responsabilidade pelos resultados), também existem os princípios jornalísticos e o compromisso com a verdade, valorizando as fontes oficiais e orientando a população da melhor forma para o exercício da sua cidadania.

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