Notícias sobre a Covid-19: não caia em fake news

 

Dando continuidade ao projeto de conscientização do público em relação às notícias sobre a pandemia, o Comitê Estratégico de Comunicação (COMEC) destacou mais uma série de notícias falsas que têm se espalhado nas redes sociais pelo Brasil.

O objetivo desta ação é fazer, com base em dados científicos e números oficiais, com que os cuidados continuem sendo tomados e não haja um relaxamento por parte da população.


Imagem: Lupa

É falso que a OMS concluiu que pacientes assintomáticos não transmitem a Covid-19. O conteúdo é uma deturpação de uma fala de Maria van Kerkhove, chefe de programa de emergências da OMS. Ela afirmou que a transmissão da doença por pacientes sem sintomas parece ser rara.

A publicação engana ao afirmar que os pacientes assintomáticos não têm potencial de transmissão. Na verdade, apesar de parecer menos frequente, esse tipo de contágio não foi descartado pela OMS.

Além disso, Kerkhove esclareceu que a fala dela se referia às pessoas que são verdadeiramente assintomáticas, e não às pré-assintomáticas – que têm o vírus e ainda não desenvolveram a doença – ou às pessoas com sintomas leves – que podem confundir sintomas como tosse e coriza com outras doenças.

Ela aproveitou para reforçar a importância do uso de máscaras em lugares públicos e, em nenhum momento, questionou as políticas de isolamento social.

Para conferir a investigação completa, acesse: Agência Lupa


Imagem: Lupa

Ainda sobre as medidas de distanciamento, é mentira que a OMS desaconselhou a sua aplicação como medida de prevenção. A publicação distorce uma entrevista concedida pela porta-voz da OMS Margaret Harris, em abril, para um jornal australiano.

O trecho em que ela diz “nunca dissemos entrar em confinamento – dissemos rastrear, isolar e tratar” não era uma crítica à política de isolamento social. Na verdade, ela estava recriminando os países que adotaram apenas esta medida e não consideraram outras ações paralelamente, como o rastreio de pessoas infectadas.

Ela elogiou Austrália e Nova Zelândia e disse que as medidas de isolamento tomadas logo cedo são exemplos a ser seguidos. Essa declaração ainda foi feita no dia 27 de abril, antes dos resultados apresentados nesta semana. A Nova Zelândia revelou que está reabrindo o país quase que em sua totalidade, depois de duas semanas sem nenhum caso novo registrado.

Para conferir a investigação completa e mais informações sobre o combate à pandemia na Austrália e Nova Zelândia, clique aqui: Agência Lupa


Imagem: G1

É falsa a informação que a primeira-dama do Espírito Santo, Maria Virgínia Casagrande, se curou da Covid-19 após o uso da cloroquina. Uma publicação tem sido compartilhada nas redes sociais, mas já foi desmentida pelo próprio governo capixaba e pelo hospital onde ela foi internada.

Em nota oficial, a Unimed Vitória declarou que adota apenas os protocolos cientificamente comprovados no tratamento contra o novo coronavírus e que lamenta montagens como esta, que tem o objetivo de confundir a população e levantam interpretações equivocadas sobre um tratamento tão sério.

Maria Virgínia Casagrande foi internada no dia 15 de maio em um hospital particular na cidade de Cariacica, após um acidente vascular cerebral. Os sintomas de Covid-19 surgiram após a alta e, só então, ela foi para o Hospital da Unimed. O governador do estado, Renato Casagrande, também testou positivo, mas teve apenas sintomas leves e seguiu as recomendações médicas em casa, em isolamento.

Para conferir a investigação completa, acesse: G1 – Fato ou Fake


Imagem: Aos Fatos

É falso que o ministro interino da Saúde ordenou a retirada da “suspeita de Covid-19” nos atestados de óbito. Uma publicação atribui a Eduardo Pazuello uma declaração sobre uma suposta proibição do uso do termo nos atestados de óbito, mas a informação é mentirosa.

O Ministério da Saúde informou, em nota, que o ministro interino sequer possui contas em redes sociais, portanto, não é verdade que a solicitação tenha acontecido.

Além disso, quanto à notificação de óbitos, são incluídos na contagem oficial apenas os casos em que o resultado foi positivo. Os casos cujos testes ainda não foram concluídos constam como “óbitos em investigação”.

Para acessar a investigação completa, acesse: G1 – Fato ou Fake | Agência Lupa | Aos Fatos

 


Imagem: G1

É mentira que o enxofre é a cura para o novo coronavírus. Em um vídeo no qual o presidente Jair Bolsonaro conversa com uma mulher em uma aparição para cumprimentar seguidores, uma mulher afirma que saber qual é a cura para a Covid-19, e que seria o enxofre.

Ela defende a “reposição de enxofre” e até se dispõe a ser cobaia para tratamentos com o elemento. O enxofre é um mineral presente no corpo humano e na natureza e tem efeitos benéficos quando ingerido em alimentos de origem animal e vegetal. No entanto, ele não precisa ser reposto.

Nenhum estudo no mundo descreveu a eficácia do enxofre no combate ao Sars-CoV-2. Nada aponta para a neutralização do vírus pelo elemento, muito menos para uma cura a partir do uso dele. Além disso, o enxofre é um elemento que pode ser bastante tóxico, causando problemas de saúde apenas pela inalação. Outra fala enganosa da mulher do vídeo analisado é que o consumo diário de alho é suficiente para curar a doença. Além de a receita não funcionar para nenhum vírus – não apenas o novo coronavírus – nenhum alimento teve eficácia comprovada no combate à Covid-19.

Para conferir a investigação completa, acesse: G1 – Fato ou Fake


O conteúdo que o Comitê Estratégico de Comunicação (COMEC) passou a publicar periodicamente é baseado em estudos de instituições de ensino reconhecidas internacionalmente, agências checagem de fatos (registradas pelo International Fact-Checking Network) e veículos tradicionais de imprensa que apresentem as fontes das informações transmitidas.

Além dos valores da Postal Saúde (qualidade de serviços; compromisso e respeito com os Beneficiários; ética e transparência nos negócios e responsabilidade pelos resultados), também existem os princípios jornalísticos e o compromisso com a verdade, valorizando as fontes oficiais e orientando a população da melhor forma para o exercício da sua cidadania.

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