Dando continuidade ao projeto de conscientização do público em relação às notícias sobre a pandemia, o Comitê Estratégico de Comunicação (COMEC) destacou mais uma série de notícias falsas que têm se espalhado nas redes sociais pelo Brasil.
O objetivo desta ação é fazer, com base em dados científicos e números oficiais, com que os cuidados continuem sendo tomados e não haja um relaxamento por parte da população.
É mentira que estados e municípios faturam com mortes por Covid-19. Um vídeo publicado no início de junho traz informações falsas para sustentar a ideia de que, além de uma verba federal para cada óbito, os governantes locais barram o acesso à cloroquina, que julga ser eficaz contra a infecção, e que a curva de contágios e mortes no Brasil está na decrescente.
Ao contrário do que foi divulgado, existe um recurso extra disponibilizado pelo Ministério da Saúde, mas o objetivo é o combate da pandemia. Além disso, o valor desse recurso varia de acordo com o tamanho da população e complexidade do serviço, e não pela quantidade de mortes.
Outra mentira do conteúdo é que a curva de contágio e mortes pelo novo coronavírus não está decrescente no Brasil e que esses números são omitidos pela Rede Globo. Na verdade, a emissora segue divulgando dados sobre a doença que são fornecidos pelo balanço do próprio governo, por meio do Ministério da Saúde ou boletins epidemiológicos das secretarias estaduais de saúde.
Os governadores que aparecem no vídeo (João Dória, PSDB, e Wilson Witzel, PSC, além do deputado federal Marcelo Freixo, PSOL, não tomaram nenhuma decisão contrária ao uso da hidroxicloroquina, como afirma a mensagem. O medicamento tampouco tem a eficácia comprovada contra a Covid-19.
Para conferir a investigação completa e mais detalhes, como a identidade do autor do vídeo enganoso, acesse: Aos Fatos
Foto: Aos Fatos
É montagem uma foto de um vagão supostamente “transportando Covid-19”.
A foto é de um vagão que pertence à empresa GATX, com sede em Chicago, nos Estados Unidos. Em nota oficial à sucursal americana da agência de notícias AFP, a companhia de transporte confirmou que a imagem alterada digitalmente é de um dos seus veículos.
Nos Estados Unidos, as letras e números que aparecem na lateral esquerda de um vagão indicam a qual empresa ele pertence, e não o tipo de produto transportado. Esta identificação funciona como a “placa” de um veículo. De acordo com o regulamento da Associação de Ferrovias Americanas (AFA), esse código deve conter até quatro letras e seis números. Logo, seria impossível um carro-tanque utilizar cinco letras em sua identificação, como na palavra Covid.
Para conferir a investigação completa, acesse: Agência Lupa
Foto: Agência Lupa
É falso que o uso de máscara de proteção faz mal à saúde por tornar o sangue mais ácido. Vídeo com médico contestado pelo Ministério da Saúde e especialistas viralizou nas redes sociais.
A afirmação de que, ao usar máscara, a pessoa respira gás carbônico e acaba acidificando o sangue é enfaticamente contestada pelo Ministério da Saúde. As máscaras possuem poros que possibilitam as trocas gasosas.
O médico ainda contraria as orientações dos órgãos internacionais especializados ao incentivar as pessoas a saírem de casa sem máscara.
José Rodrigues Pereira, pneumologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo, explica que nem mesmo os modelos utilizados por profissionais de saúde, que são mais vedados do que os usados pelo cidadão em geral, podem gerar o que Vaz descreve em seu vídeo.
“Estudos realizados por ocasião da infecção por Sars, em 2003, mostraram que a utilização de máscaras do tipo N95, com malha densa, bem vedadas, por enfermeiras por 3 horas seguidas pode aumentar a taxa de gás carbônico no sangue. Mas discretamente, dentro de níveis normais. Com isso, também pode haver aumento do pH do sangue. Mas também é discreto, em parâmetros normais”, afirma o médico.
“As máscaras que estão sendo utilizadas pelo público de uma forma geral, na rua, no supermercado, não são as mesmas dos profissionais de saúde. São feitas de tecidos que trazem facilidade maior na troca gasosa. As de algodão não têm potencial de bloquear de forma tão significativa como a N95, a ponto de alterar a concentração do gás carbônico e oxigênio e de mudar o pH do sangue. Diante de uma orientação nesse sentido, de que as máscaras são prejudiciais, deve ser questionado o caráter do médico. A segurança das máscaras já foi avaliada anteriormente”.
Para conferir a investigação completa, acesse: G1 – Fato ou Fake
Foto: G1
O conteúdo que o Comitê Estratégico de Comunicação (COMEC) passou a publicar periodicamente é baseado em estudos de instituições de ensino reconhecidas internacionalmente, agências checagem de fatos (registradas pelo International Fact-Checking Network) e veículos tradicionais de imprensa que apresentem as fontes das informações transmitidas.
Além dos valores da Postal Saúde (qualidade de serviços; compromisso e respeito com os Beneficiários; ética e transparência nos negócios e responsabilidade pelos resultados), também existem os princípios jornalísticos e o compromisso com a verdade, valorizando as fontes oficiais e orientando a população da melhor forma para o exercício da sua cidadania.