A data 10 de setembro é conhecida como o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio. Durante todo o mês, organizações nacionais e internacionais e países de quase todos os continentes participam da campanha Setembro Amarelo, com o objetivo de conscientizar a população sobre o tema, bem como discutir e implementar políticas públicas voltadas à valorização da vida.
Todos nós podemos ajudar alguém a desistir do suicídio e a procurar tratamento. Sabe como? Por meio de uma escuta ativa sem julgamentos e demostrando para a pessoa que você está disponível par ajudar. É importante marcar uma consulta com um médico psiquiatra, pois ele saberá como lidar e cuidar desse paciente.
Outro serviço à disposição é o Centro de Valorização da Vida (CVV), que oferece apoio emocional e de prevenção ao suicídio. O atendimento é gratuito, sigiloso e funciona por telefone (Ligue 188), por email e via chat 24 horas, todos os dias da semana.
Conscientização na Postal Saúde
Todos os anos a Postal Saúde participa da campanha Setembro Amarelo, com realização de palestras na sede e nas filiais, publicação de textos informativos (como esse) no site e na intranet, além de divulgação do CVV.
No dia 9 de setembro foi realizada, com participação dos empregados da Operadora, a palestra “Saúde Mental e Prevenção ao Suicídio”, com a psicóloga Rosana D´Orio Bohrer. No histórico profissional da palestrante consta a assistência a escolas e a famílias afetadas por vários tipos de violência ou tragédias, como o incêndio na Boate Kiss e o rompimento da barragem de Brumadinho.
Escuta ativa
Precisamos entender que, quando uma pessoa decide atentar contra a própria vida, seus pensamentos, sentimentos e seu discernimento estão muito comprometidos, incapacitando-a para perceber outras maneiras de enfrentar ou de sair do problema. Essas pessoas pensam rigidamente pela distorção que o sofrimento emocional impõe. Na realidade, a pessoa não quer morrer, mas livrar-se do sofrimento.
Por isso ouvi-la e encaminhá-la para um médico psiquiatra é a ação mais adequada.
Estatísticas
É duro e triste, porém necessário, falar das estatísticas sobre o suicídio. As taxas variam entre países, regiões e entre homens e mulheres. Segundo dados divulgados pela OMS em 17 de junho de 2021, em Genebra, no relatório “Suicide worldwide in 2019”, o suicídio continua sendo uma das principais causas de morte em todo o mundo. Estima-se que, no mundo, mais de 700 mil pessoas morrem por suicídio anualmente, sendo a quarta maior causa de mortes de jovens de 15 a 29 anos de idade.
No Brasil, os números também são alarmantes. Entre 2010 e 2019 ocorreram no País mais de 112 mil mortes por suicídio, com um aumento de 43% no número anual de mortes: de 9.454 em 2010, para 13.523 em 2019. Análise das taxas de mortalidade ajustadas no período demonstrou aumento do risco de morte por suicídio em todas as regiões do Brasil.
Mais homens morrem devido ao suicídio do que mulheres (12,6 por cada 100 mil homens em comparação com 5,4 por cada 100 mil mulheres).
Orientação da OMS para apoiar os países: Live Life
Para apoiar os países em seus esforços, a OMS lançou uma orientação abrangente para a implementação de sua abordagem “LIVE LIFE” (Viver a vida) para a prevenção do suicídio.
As quatro estratégias dessa abordagem são:
– limitar o acesso aos métodos de suicídio, como pesticidas e armas de fogo altamente perigosos;
– educar a mídia sobre a cobertura responsável do suicídio;
– promover habilidades socioemocionais para a vida em adolescentes; e
– realizar identificação precoce, avaliação, gestão e acompanhamento de qualquer pessoa afetada por pensamentos e comportamentos suicidas.
Apoio a adolescentes
A adolescência (10-19 anos) é um período crítico para a aquisição de habilidades socioemocionais, principalmente porque metade dos problemas de saúde mental aparecem antes dos 14 anos. A orientação da LIVE LIFE incentiva ações, incluindo promoção da saúde mental e programas anti-bullying, links para serviços de apoio e protocolos claros para pessoas que trabalham em escolas e universidades quando o risco de suicídio é identificado.global (9 por 100 mil) em 2019.
Quer saber mais sobre como você pode ajudar na prevenção do suicídio?
Clique aqui para ler a cartilha “Suicídio – informando para prevenir”
Fontes: OPAS/OMS/CVV/Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde
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Artes: Comunicação/Postal Saúde