Todas as crianças menores de 5 anos de idade devem ser levados aos postos de saúde para tomar a vacina contra a poliomielite (ou paralisia infantil).  Durante a campanha nacional do Ministério da Saúde,  finalizada em setembro,  apenas 60% das crianças foram imunizadas, quando a recomendação para a cobertura vacinal é de 95%. O Brasil está livre da poliomielite há 32 anos, mas a forte queda da cobertura vacinal desde 2015 preocupa.

No dia 6 de novembro, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fez um pronunciamento em rede nacional para incentivar a vacinação contra a poliomielite e admitiu que o Brasil corre o risco de “perder essa importante conquista”, que é a irradicação da doença.

O que é a poliomielite

A poliomielite, altamente contagiosa, atinge principalmente crianças com menos de 5 anos e que vivem em alta vulnerabilidade social, em locais onde não há tratamento de água e esgoto adequado.

O vírus pode atacar o sistema nervoso e causar paralisia irreversível – tanto que o nome popular é de paralisia infantil – em membros como as pernas, e dos músculos respiratórios, levando o paciente à morte. A poliomielite não tem cura, só prevenção, que é feita com a vacina.

No dia 1º de novembro, o Ministério da Saúde lançou um novo plano para organizar o trabalho da União, dos estados e dos municípios no combate à poliomielite. Entre as ações prioritárias está o fortalecimento da vigilância epidemiológica e da vacinação.

Dados da OPAS

Segundo a Organização Panamericana de Saúde (OPAS), uma em cada 200 infecções por poliomielite leva a uma paralisia irreversível (geralmente das pernas). Entre os acometidos, 5% a 10% morrem por paralisia dos músculos respiratórios.

Os casos de poliomielite diminuíram mais de 99% nos últimos anos: dos 350 mil casos estimados em 1988 para 29 casos notificados em 2018.

Enquanto houver uma criança infectada, crianças de todos os países correm o risco de contrair a poliomielite. Se a doença não for erradicada, podem ocorrer até 200 mil novos casos no mundo, a cada ano, dentro do período de uma década.

Na maioria dos países, os esforços mundiais ampliaram as capacidades para combater outras doenças infecciosas, construindo sistemas eficazes de vigilância e imunização.

Certificado

O Brasil recebeu o certificado de eliminação da pólio em 1994. No entanto, até que a doença seja erradicada no mundo (como ocorreu com a varíola), existe o risco de um país ou continente ter casos importados e o vírus voltar a circular em seu território. Para evitar isso, é importante manter as taxas de cobertura vacinal altas e fazer vigilância constante, entre outras medidas.

Atualização da carteirinha 

No Brasil, por causa da pandemia, muitos familiares não atualizaram as cadernetas de vacinação de suas crianças e adolescentes. Por isso é importante levá-los ao posto de saúde mais próximo de sua localidade o quanto antes para imunizá-los e protegê-los de  várias doenças.        


Fontes: Agência Brasil
OPAS
Ministério da Saúde

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